Falta viver um mundo que é de poucos;
Respirar a poesia que já foi de outros;
Falta entrega de tudo que se pode doar sem medo de errar;
Falta fúria, sede e emoção no ato que se vive;
Suor no corpo que se exalta;
São mãos, dedos, unhas e corpos que não se adentraram;
Peles que não se marcaram;
Falta enlouquecer os sentidos e enterrar a inércia;
Quebrar as regras e esquecer todo o resto;
Falta explosão na mansidão;
Delírio no lugar da razão;
Falta a perda do controle, o fim do pudor;
Falta a respiração ofegante e os músculos exaustos;
Falta retorno;
Falta resposta;
Falta desejo;
Falta fluidez no sentido que o vento sopra.
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