E cegarei os olhos da criança;
Para que ela não mais veja;
Álem do que as outras possam ver;
Com a aurora mais negra que o dia já viu;
E tudo será de uma única cor;
De um único tom;
De uma única sensação;
E taparei os ouvidos;
Para que ela não mais ouça;
O doce canto dos ventos;
Pelos vales e montes;
Pelos vales e montes;
Para que tudo seja de uma única música;
De um único rítimo;
De uma única nota;
E cortarei sua garganta;
Com a mais fina lâmina;
Onde suas palavras carregadas;
De paixão e emoção;
Jamais ganhe forma;
Sentido e compreensão;
E o verbo morra em si;
Prisioneiro do silêncio tudo será;
Quanto a sua alma;
Já julgada e condenada;
Deixo o mais cinza dos céus;
A mais fria das noites;
E como consolo;
A mais triste das poesias.
Do que adianta os sentidos aguçados se a compreensão é limitada?
Parabéns pelo blog, Evandro.
ResponderExcluirgostei dos seus textos..também escrevo um pouco.
Coloquei meu blog no ar e gostaria de trocar experiências, afinal, ninguém melhor que nós mesmos pra nos entender, não é?
Grande abraço
a propósito, caso te interesse, o meu blog é:
ResponderExcluirwww.lunaticomundodalua.blogspot.com