terça-feira, 31 de janeiro de 2012

SONHOS CONTIDOS



São tantos devaneios;  
Distorcendo a realidade;
Anestesiando a alma;
Amenizando a dor;
Essa necessidade imediata;
Essa inquietação inata;
São tantos delírios;
Delineando outra estória;
Refazendo a trajetória;
Redescobrindo o caminho;
Essa dor que dilacera;
Essa culpa que desespera;
São tantos pensamentos;
Abrigando sonhos febris de juventude;
Viajando por mundos distantes;
Desvendando mistérios insondáveis;
Essa energia contida;
Essa intensidade reprimida;
São tantos sonhos;
Contrariando as previsões;
Revelando a essência;
Elevando o espírito;
Essa busca pela tal felicidade;
Um sentimento exposto;
Anunciando um amor;
Que acalenta e engrandece.

rsf.

sábado, 21 de janeiro de 2012

CAMINHOS NO ESPAÇO


Caminhos tortos aqui me trouxeram;
Caminhos no espaço aqui estamos;
Caminhos errantes em noites de anos distantes;
Paixões mal vividas lágrimas não esquecidas;
Na metamorfose do tempo permanecemos os mesmos;
Será que poderemos um dia entender;
O que nossos olhos não conseguiram ver?
Você sabe, as vezes nada parece fazer sentido;
Caminhos que no passado abrimos;
Hoje nos perdemos;
Até onde conseguiremos ir?
Nos tornamos apenas alvo na mira de interesses,
Corpos em evidência;
Palavras em decadência;
Você não poderia partir sem antes me ouvir;
Embora saiba dos excessos que cometi;
Quando algum dia procurar alguém para se lembrar;
Lembrarei das mulheres que um dia tentaram me amar;
Mesmo que seja tarde;
Existem lembranças que podem nos achar;
Quando o deserto se torna um grão;
E você se sente só em meio a multidão;
Só existe razão para a solidão;
Agora sussurra o vento em meu ouvido atento; 
E meus pensamentos se vão junto a brisa de aço ;
Deixando um longo e interminável rastro;
Perdidos em meus caminhos no espaço.


quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

DURMA SUAVE CRIANÇA


Durma suave criança;
Na beira do leito da loucura;
Os pássaros cantam para que você possa dormir;
Ouça a sinfonia e comece a refletir;
Hoje o homem repousa dentro da criança;
E atrás dos seus lacrimejantes olhos;
O poeta se esconde;
Durma doce criança;
Hoje o Sol se deitou mais cedo;
E levou junto minha frágil esperança de lhe ver;
As noites estão cada vez mais longas;
E na escuridão delas;
Meu espírito se desdobra atrás de consolo;
Não chore suave criança;
Não chore mais por esta noite;
Agora é tarde;
Há olhos que se fecham;
Para que outros possam  se abrir;
O vento te convida a ir;
É hora de partir;
Durma com o vento;
Sonhando com um novo tempo. 



terça-feira, 3 de janeiro de 2012

DESINTEGRAÇAO


Existe um lapso da ilusão que um dia você conheceu;
Existe um caminho rumo a desintegração;
Você grita e sua voz ecoa em meio a multidão;
Você corre e seus passos se perdem do seu destino final;
Você tenta pensar e seu raciocínio tenta lhe assassinar;
Você precisa voar mas suas asas parecem se atrofiar;
Você gosta mas se esqueceu de como amar;
Talvez você espere alguém lhe acordar;
Talvez você espere o passado lhe visitar;
Seus olhos não vêem o que você tem;
Suas lágrimas caem e abrem valetas;
Marcas esculpidas em faces envelhecidas;
A razão aos poucos se vai e algo de estranho lhe atrai;
Você pensa na realidade como algo distante;
E se esquece da vida por alguns instantes;
Trincheiras cavadas em dias de lutas;
Vem te lembrar que a batalha ainda não acabou;
Olhando através do retrovisor da vida;
Você vê seu pedaços ficando ao longo desta infinita estrada;
Como átomos em desintegração;
E neste céu sempre nublado;
Um longo filme se projeta;
E através das cenas você se transporta a infância;
Você agora pode se lembrar?
Onde você deixou sua sanidade?
Onde você deixou seus sentimentos;
Por onde andam seus pensamentos?
Perambulando vazio e assustado;
Fugindo da extinção;
Em caminhos precoces da desintegração.






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Poeszie, rock, filosofie, kronieken van een onrustige geest